Homero Marchese lançou oficialmente sua candidatura a deputado estadual pelo Paraná com um almoço ontem, dia 02 de agosto, no Haddock Buffet, em Maringá. Ao custo individual de R$ 35,00, 200 pessoas estiveram presentes para ouvir Homero falar sobre sua história e seus projetos (veja a íntegra do discurso abaixo). Estiveram presentes amigos do PV de Maringá, Sarandi e Marialva. Discursaram também o ex-prefeito de Sarandi e principal liderança do PV na região, Cido Spada, e o professor, engenheiro civil e ex-secretário municipal de Maringá Jair Boeira. O evento envolveu um “adesivaço” de carros dos presentes, que também receberam, em primeira mão, o material de campanha.
Acompanhe a cobertura completa do almoço, com fotos e vídeos, nesta segunda-feira, pelo site.
Próximo evento
O próximo evento de campanha acontece em Curitiba. No dia 14 de agosto, quinta-feira, Homero promove um jantar por adesão no salão Capri do Restaurante Madalosso, às 19h30. Os convites já estão à venda, pelos fones (41) 9987-0510 e (41) 9921-4899, com Luciana.
Discurso de Homero no almoço de lançamento da candidatura – 02/08/2014, Haddock Buffet, Maringá
Prezados amigos e familiares, meus conterrâneos de Maringá.
Estou em casa. E quando digo casa o faço no sentido literal. Não só estou em Maringá, cidade em que nasci e me criei, como os recebo na empresa que meus pais fundaram em 1992 e com a qual sustentaram a mim e aos meus irmãos.
Estar aqui é fundamental. Em primeiro lugar, porque o local evoca a memória de meu pai. Cresci testemunhando o modo corajoso com que meu pai encarava a vida, com empreendedorismo, liderança e confiança nas pessoas. Recebi dele diversas lições de trabalho, honestidade e justiça, que ficaram marcadas para sempre na minha memória. Aprendi a assumir responsabilidade pelos atos que praticar e a não fugir dela, quando for preciso. Tinha 13 anos quando meu pai faleceu, o que significa que já vivi mais tempo sem ele do que com ele, mas seu exemplo ainda forma e continuará formando boa parte do que sou.
Estar aqui hoje também é fundamental porque traz à mente a imagem de minha mãe: a imagem de uma mulher que recusou a autopiedade e que, com garra praticamente inesgotável, criou e educou sozinha três filhos. A imagem de quem, em casa, foi um porto seguro de amor e incentivo e, quando necessário, também de pulso firme. A imagem de quem, no trabalho, esteve à frente de sua empresa dia e noite, como a atividade exige, enfrentando desafios e correndo riscos, e de quem voluntariamente liderou diversas iniciativas sociais, com o intuito de fazer o bem a outras pessoas. Tudo sem deixar de encarar a vida com alegria, sem deixar de viver com um sorriso no rosto. Entre todas as experiências da minha vida, aquelas que me fazem ser o que sou hoje, certamente nenhuma delas, mãe, foi mais importante do que ter nascido seu filho.
Além dos exemplos de meus pais, tive a oportunidade de conviver com meus irmãos e com o Eduardo, homens honrados, leais e trabalhadores, com os meus avós e tios, e com muitos de vocês, amigos, que estão aqui hoje. Junte-se tudo isso e será possível ver o substrato moral em que tive a honra de nascer e crescer.
Quando deixei o cargo que ocupava, abandonando a estabilidade do serviço público, muita gente, talvez, tenha se perguntado: “mas como ele pôde fazer isso?” Caso conhecessem as pessoas com que convivi, esses mesmos cidadãos, provavelmente, teriam se perguntado: “mas como é que ele poderia ter agido de modo diferente?”
Como continuar trabalhando para um grupo de pessoas mesquinhas, cuja única satisfação pessoal é trocar favores e permanecer no poder? Como manter o mínimo de admiração por quem usa trabalho dos outros como moeda de troca, em total violação da ética e da Lei? Como manter o respeito por quem encara a administração pública como simples loteamento de cargos em comissão e secretarias? Como admirar quem nunca fez nada de relevante em vida, não corre risco econômico algum e ainda se acha capaz de dizer como a vida dos outros deve ser vivida?
A política está de tal maneira desmoralizada no Brasil que as pessoas de bem foram afastadas dela. Nosso país está repleto de pessoas de muito valor: gente honesta, de fibra, trabalhadora e criativa, que teria muito a acrescentar caso ocupasse posições de comando na sociedade. O atual cenário político, contudo, ocupado em grande parte por representantes medíocres e corruptos, repele os que agem de forma diferente, e afasta aqueles que não querem carregar o pesado ônus de uma imagem negativa que não construíram.
Além disso, as campanhas milionárias realizadas pelos principais candidatos, financiadas em grande parte com dinheiro público desviado, acabam servindo como desestímulo a que novos participantes se lancem na política e costumam marcar para sempre o candidato de perfil distinto que tentou se eleger, mas acabou derrotado pelo poder econômico.
Em qualquer caso, o resultado é um só: a política vira território exclusivo de um grupo determinado de pessoas. Ela passa a ser deles, só deles. Mas precisamos reagir, meus amigos. Ou nos unimos e mudamos essa situação, ou perderemos a batalha pelo destino de nosso país, nosso Estado e nosso Município. Convenhamos: isso já está acontecendo…
Quem imagina que existe uma solução possível para nosso país que não dependa da política, está equivocado. Ainda que vivenciássemos uma revolução, por exemplo, o passo seguinte seria eleger novos representantes. Ou alguém acredita que poderíamos nos governar sem intermediários, em um país com 200 milhões de habitantes, em um Estado com 11 milhões de pessoas e em um Município de quase 400 mil moradores? Em última análise, portanto, a saída para melhorar o nosso país, Estado e Município, será sempre uma só: afastar do poder quem despreza os valores que respeitamos e eleger melhores representantes.
Meus amigos, estou aqui hoje, diante de vocês, porque quero ser o seu representante na Assembleia Legislativa do Paraná.Pautarei minha atuação naquela que deveria ser a principal função de todo parlamentar, mas que é negligenciada pela maioria absoluta de nossos deputados: a fiscalização. Vou aplicar o que aprendi durante os quase cinco anos em que atuei no Tribunal de Contas do Estado, na minha experiência na advocacia e em sala de aula para fiscalizar minuciosamente os poderes públicos do Paraná.
Vou fiscalizar o Poder Executivo, o Poder Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a própria Assembleia Legislativa do Estado e as demais entidades públicas do Paraná. Vou combater a corrupção por meio da constante requisição de informações às autoridades do Estado, da análise dos atos de execução de despesa e receita e da denúncia das irregularidades encontradas. Sempre que preciso, no exercício de meu mandato, proferirei discursos, irei à imprensa, procurarei o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Quero pautar minha atuação na Assembleia na transparência total, a começar no primeiro dia de trabalho, com a divulgação, centavo por centavo, de todos os recursos repassados ao gabinete e dos salários recebidos pelos servidores a ele vinculados, inclusive o meu próprio. Valores injustificados ou desnecessários serão devolvidos. Prestarei contas da minha atuação aos meus eleitores e à população do Paraná, a quem buscarei informar de forma muito clara minhas atividades e a quem estarei sempre pronto a defender.
Lutarei incessantemente para acabar de uma vez por todas com a indicação política para membros do Tribunal de Contas do Estado, buscando fazer com que o Tribunal deixe o mar de lama em que se encontra hoje e assuma de vez a importância que lhe cabe. Trabalharei, também, para auditar os contratos de concessão mantidos pelo Estado, em especial os contratos de pedágio, cujos termos têm sido continuamente desrespeitados pela concessionárias, que, sob a complacência do governo estadual, auferem lucros exorbitantes e não duplicam nossas estradas.
Quero dedicar forte atenção à educação e a cultura, para que elas tenham prioridade absoluta na formulação das políticas públicas do Estado. Contribuirei para iniciativas que preguem o investimento maciço em conhecimento, tecnologia e inovação, a fim de que revertamos o perigoso processo de desindustrialização que a economia brasileira sofre atualmente. Colaborarei para encontrarmos soluções para os problemas crônicos da criminalidade, violência e das drogas, tão presentes em nossas ruas. Contribuirei, também, para a realização de um melhor planejamento e organização dos serviços de saúde com participação estatal, para que a população do Estado possa ter um atendimento digno e de boa qualidade.
No campo moral, vou pautar toda a minha atuação em dois princípios fundamentais. Primeiro: o de que é preciso garantir direitos iguais a todos, e privilégios para ninguém. Segundo: o de que é preciso garantir a todo cidadão o direito de lutar pela sua felicidade individual, independentemente de seu sexo, cor, classe social, orientação sexual, aparência ou religião, desde que respeitados, sempre, o exercício do mesmo direito pelos outros e a proteção ao meio ambiente. Acredito no primado da lei, na democracia, na responsabilização das pessoas pelos seus atos, no respeito ao mérito, nos valores cristãos e na proteção à vida.
No campo econômico, também vou defender o que acredito, isto é: que é preciso garantir a liberdade de mercado, desde que regulada pelo Estado; que é preciso proteger a propriedade privada; que precisamos, sem paternalismo, melhorar a situação financeira das pessoas mais pobres, a fim de que diminuamos a enorme desigualdade social que existe em nosso país; que precisamos oferecer oportunidades a todas as pessoas para que desenvolvam suas potencialidades; que devemos prestigiar o empresário e o profissional da iniciativa privada que empreende e corre riscos, especialmente pela adoção de uma política tributária mais justa e racional; que precisamos resolver de uma vez por todas os problemas envolvendo à infraestrutura no Paraná, como aqueles relacionados às nossas estradas e ao Porto de Paranaguá, que encarecem os custos de transporte e prejudicam nossa economia.
Aos incautos, um aviso: vou fazer política, a boa política, dizendo exatamente o que penso, expondo as coisas erradas, apontando os nomes dos culpados, e aplaudindo e apoiando o que e quem estiver agindo corretamente. Sem compadrio, sem corporativismo. Não me vendo por cargo público, não troco favor, e acho que já demonstrei isso suficientemente.
Infelizmente, a Assembleia Legislativa do Paraná, já há bastante tempo, tem funcionado muito mal. Seus deputados não apenas abandonaram a missão de fiscalizar os poderes públicos do Estado, como passaram a simplesmente encampar os projetos enviados por aqueles poderes. Vejam, por exemplo, o caso dos atuais deputados que se dizem representantes de Maringá e região que se dizem representantes de Maringá. Recentemente, todos eles, independentemente de partido, votaram a favor ou se abstiveram de votar o projeto que concedeu auxílio-moradia aos juízes estaduais do Paraná. A medida tem constitucionalidade absolutamente questionável e é imoral. Ela também já está gerando efeito cascata para outros funcionários do Estado e vai na contramão da necessidade de controlar os salários pagos aos altos servidores públicos do país, em tempos de crise fiscal e enorme discrepância dos salários pagos aos demais paranaenses.
Todos esses mesmos deputados que se dizem representantes de Maringá e região, além disso, na última eleição para conselheiro do Tribunal de Contas, simplesmente ignoraram a pressão da sociedade e votaram para que um membro da Assembleia fosse escolhido para o cargo. Assim agiram mesmo sabendo que a escolha dos conselheiros por critérios políticos é justamente o problema-chave do Tribunal, o motivo que faz da instituição o grande balcão de negócios que ela é hoje.
A esses deputados, portanto, que dizem ter orgulho de representar Maringá e região, eu digo: Maringá e região não têm orgulho de vocês. E quando eu for eleito, os maringaenses e seus vizinhos saberão apontar exatamente como vota cada um dos seus representante em Curitiba. A quem estiver se candidatando apenas para manter viva uma oligarquia política, faço um outro aviso: chegue preparado à Assembleia, para não se arrepender de ter sido eleito. O obscurantismo da atuação dos deputados de Maringá, que não votam de acordo com os interesses da população e se valem da distância da capital para não prestar contas a seu eleitorado, eu garanto: acaba no ano que vem.
É preciso agir com independência e firmeza, e é assim que vou atuar. Vamos fazer diferente, do primeiro ao último minuto, e independentemente do grupo político que assumir o governo do Estado.
Estamos chegando ao final e gostaria de fazer alguns agradecimentos. Em primeiro lugar, agradeço a Cláudia, minha mulher e companheira, por viver junto comigo esse sonho. Ela, que é a primeira pessoa que vejo ao acordar, acostumou-se também a ser a primeira a ler meus textos e a ouvir meus discursos. Obrigado, Cláudia, por também ser primeira a me fazer seguir em frente. Agradeço ao Ézio, Celeste e Elis, profissionais competentíssimos, que me surpreenderam com uma colaboração que eu nunca poderia imaginar, a qual tem enchido nossa campanha de bom gosto e qualidade, além de me encher de energia para prosseguir. Vou honrar o que vocês estão fazendo por mim. Agradeço à minha mãe e ao Eduardo, pela organização desse evento e sua divulgação incessante. Agradeço ao Cido e ao tio Jair, pelos discursos que tanto me dignificaram, a Cris, pela gentil e competente apresentação do evento, e ao Deoclecio, que, também graciosamente, nos cedeu o equipamento de som e vídeo. Agradeço aos amigos do PV de Maringá, na pessoa do Ederlei Alkamin, do PV de Marialva, na pessoa do Paulo Barbado, e do PV de Sarandi, nas pessoas do Cido e da Elena, que estão presentes aqui hoje e que certamente foram fundamentais para o sucesso desse evento.
Diferentemente de outras campanhas políticas, nossa campanha não contratará cabos eleitorais nem comprará votos. Dependemos, portanto, de uma campanha realizada pessoa a pessoa, boca a boca. A boa notícia é que nosso eleitorado é o mais “barato” de todos, no sentido de que ele não vende seu voto, não se impressiona com campanhas caras e procurar conhecer a história dos candidatos e compará-los. Tudo o que precisamos, portanto, é fazer nossa mensagem chegar a esses eleitores. Me ajude nessa missão como voluntário. Eu preciso muito de vocês e posso lhes garantir que vou retribuir seu apoio com muito trabalho. Muito obrigado pela presença de vocês, muito obrigado mesmo, do fundo do coração!