Disputas contratuais e indícios de irregularidades paralisam obras em estradas do Noroeste

Em resposta a pedido de informação elaborado pelo deputado Homero Marchese, DER detalha situação de estradas da região de Maringá

As obras de recuperação em centenas de quilômetros de rodovias da região Noroeste do Paraná estão paralisadas por disputas contratuais, possíveis irregularidades e questões burocráticas. É o que indica a resposta do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a um pedido de informação feito pelo deputado Homero Marchese (PROS) a respeito das estradas das regiões Noroeste e Norte.
Em sua resposta, o DER afirma que os trechos questionados foram divididos em lotes para efeitos de licitação. O maior deles, o lote 13 do programa COP (Conservação de Pavimento), conta uma extensão de 366,34 quilômetros de dezenas de trechos das rodovias PR-180, PR-218, PR-478 e PR-576, entre outras. Problemas contratuais fizeram com que, até o momento, tenham sido realizados remendos em apenas 75 quilômetros do trecho total de 366,34 do lote 13.

Nos demais lotes questionados pelo deputado, a situação é ainda pior, segundo o próprio DER. Nos lotes 10 e 12 do programa COP — que envolvem respectivamente as PRs 542 (entre Colorado e Itaguajé) e 458 (entre Santa Fé e Guaraci), e as PRs 180 (entre Quarto Centenário e Goioerê) e 369 (entre Fênix e Barbosa Ferraz) –, uma decisão da 4.ªInspetoria do Tribunal de Contas paralisou o contrato até que se apurem eventuais distorções.

No lote 7 do programa Cremep (Conservação e Recuperação Descontínua com Melhoria do Estado do Pavimento), que conta com trechos das PRs 463, 461, 458, 317 e 542 também há problemas burocráticos, sendo que em apenas alguns quilômetros foram realizadas reformas.

Por fim, o DER traz a situação da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves. A resposta do órgão informa que a recuperação da rodovia está dividida em vários lotes. Há judicialização de alguns trechos e em outros as obras não foram iniciadas.

“A reposta do DER revela uma situação grave. As estradas na nossa região estão em péssimo estado, trazendo risco para a vida dos motoristas e prejudicando toda a economia da região. Vamos continuar acompanhando esse processo, monitorando a atuação do DER, do TC e das empresas contratadas para as obras”, diz deputado.