O Mapa do emprego no Paraná

Estado gerou mais empregos que a média nacional durante a pandemia, mas a distribuição no estado é bastante desigual

De janeiro de 2020 a março de 2022, o Paraná registrou um saldo total de 259.462 vagas de emprego, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número se refere à diferença entre admissões e demissões no período e revela que o estado foi o terceiro com o melhor resultado de empregos por habitante na pandemia. O Paraná criou 2.237 vagas por 100 mil habitantes nesses 27 meses, enquanto a média nacional foi 1.492.

Os números constam no Mapa do Emprego, uma ferramenta desenvolvida pelo gabinete do deputado Homero Marchese (Republicanos) que se propõe a entender o comportamento do emprego no Paraná desde 2020. A ferramenta permite visualizar a geração de vagas por municípios, o mapa de calor por região, os setores da economia mais contribuíram com postos de trabalho, a idade dos admitidos e média salarial dos mesmos.

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“Com esse Mapa conseguimos visualizar o comportamento da economia paranaense cidade a cidade, trazendo um subsídio importante para a formulação de políticas públicas que incentivem a criação de empregos, especialmente nas áreas mais carentes do Paraná”, diz o deputado Homero Marchese.

O município com maior saldo de vagas geradas no estado foi Curitiba. A diferença entre admissões e demissões no período foi de 57.507 vagas. No saldo per capita, Cascavel, no Oeste do estado, liderou com folga, com 812,55 novas vagas por mil habitantes. A indústria de alimentou puxou a geração de empregos no município. Foram gerados 2.228 postos de trabalho no abate e fabricação de produtos de carne.

Na sequência aparece o município de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, que viu um boom de contratações no setor de serviços, especialmente nas chamadas atividades administrativas e serviços complementares.
O município que mais perdeu vagas per capita foi Ivaté, região Noroeste. Foram 257 vagas fechadas para uma cidade com população estimada de 8,2 mil habitantes. A cidade perdeu vagas principalmente na fabricação e refino de açúcar.
Quando se analisa as regiões do estado percebe-se um grande desequilíbrio regional. As regiões metropolitana de Curitiba, Norte e Oeste puxaram o saldo de empregos nos 27 meses. Por outro lado, as regiões Centro-Ocidental e Centro-Oriental apresentaram muito dinamismo econômico. Elas geraram menos de 400 vagas por mil habitantes no período.

POR SETOR
No geral, o setor de serviços foi o principal responsável pela criação de vagas no estado. Foram 55 mil novos postos de trabalho na seção “atividades administrativas e serviços complementares”. O setor, porém, sofreu revés na seção “alojamento e alimentação”, com fechamento de 9,5 mil vagas.
A indústria também teve forte participação no crescimento da economia paranaense. A divisão “fabricação de produtos alimentícios” criou 20,6 mil postos de trabalho no Paraná, em uma evidência da força das cadeias do agronegócio.