Autoridades, sociedade civil e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) debateram nesta quinta-feira, 9, alternativas e possíveis melhorias para os congestionamentos que têm sido uma constante no Contorno Norte, na divisa entre os municípios de Maringá e Sarandi.
O debate ocorreu na audiência pública “Trânsito Intenso entre Maringá e Sarandi”, promovida pela Assembleia Legislativa do Paraná por iniciativa do deputado Homero Marchese (PROS). O deputado lembra que diariamente, grandes filas de veículos se formam na entrada do Contorno, fazendo com que um trajeto normalmente percorrido em alguns minutos leve horas para ser concluído. “Precisamos achar alternativas para esse problema que prejudica motoristas, comerciantes e moradores das duas cidades”, disse o deputado.
Uma possibilidade para resolver o problema seria o prolongamento da Avenida Horácio Racanello até Sarandi. “Acreditamos que essa é uma solução estrutural para o contorno”, diz o prefeito de Sarandi, Walter Volpato. A obra desafogaria o trânsito na Avenida Colombo garantindo mais uma opção de acesso entre as duas cidades. André Ribeiro, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), é outro defensor da ideia. Segundo ele, a Acim já tem estudos iniciais sobre esse projeto. O próprio superintendente regional do DNIT, José Carlos Beluzzi de Oliveira, considera a alternativa “fantástica”. “Precisaríamos atualizar esse estudos e nos reunirmos para avançar nisso.”
Outras três possibilidades de ligação entre os municípios foram sugeridas. Uma entre o Jardim Paulista, em Maringá, e o Jardim Alvorada, de Sarandi; outra entre o Conjunto Requião, em Maringá, e a Rua Rio de Janeiro, em Sarandi; e uma última entre a Rua Mário Ferraz e o centro de Sarandi.
Homero lembrou ainda que, no caderno de obras para a próxima licitação dos pedágios, está prevista a construção de um novo Contorno Sul, saindo de Marialva até o aeroporto de Maringá.
CURTO PRAZO
Beluzzi entende que essas são soluções mais caras que demandariam algum tempo, dinheiro e projeto. Enquanto isso, diz ele, é preciso pensar em melhorias de curto e médio prazo para o trânsito no Contorno, como “melhora da geometria, sincronização de semáforos e construção de retornos aéreos”.
O superintendente do DNIT lembra que por força de convênio assinado em 2015, a prefeitura de Maringá tem autonomia para a realização de obras nas pistas marginais. Além disso, com o fim da concessão da Viapar, a prefeitura poderá também projetar e realizar as obras necessárias nos viadutos do início e final do Contorno Norte. Em relação aos retornos, seria preciso debater as obras com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), mas que já existem soluções.
OUTRAS PARTICIPAÇÕES
Maurício Rogério da Silva, diretor da Associação Comercial e Empresarial de Sarandi (ACIS), lembrou que o grande fluxo do Contorno tem sido historicamente entre as duas cidades. “Os acessos para Mandaguaçu, Cianorte e Campo Mourão têm um trânsito bem menos intenso. Eu vejo que se conseguíssemos liberar esse trajeto, passando por cima ou por baixo do viaduto, a rotatória do semáforo em Sarandi não ficaria tão congestionada”, afirmou.
A visão de Maurício é compartilhada pelo vereador Rafael Roza (PROS), de Maringá. “O contorno é historicamente mal utilizado porque o trânsito maior é entre as duas cidades. Esses congestionamentos geram um desgaste gigantesco para a população, além de trazerem um grande risco de acidentes.”
A audiência ainda contou com a presença do chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Maringá, Luiz Alberto Spaciari. Ele afirmou que a PRF tem feito a segurança vária no trajeto de forma diuturna e que a entidade está pronta a participar de qualquer reunião futura sobre mudanças no Contorno.